Terremotos,
furacões, tufões e tornados causaram morte e sofrimentos em várias
partes do mundo
Se
comparado ao ano passado, 2012 registrou um número menor de mortes
causadas pela fúria da natureza. Entretanto, os prejuízos chegaram
a bilhões de dólares.
O
furacão Sandy, que passou pela costa oeste dos Estados Unidos em
outubro, deixou 110 mortos, 8 milhões de casas e comércios sem
energia, 16,5 mil voos cancelados e 50 bilhões de dólares em
estragos.
Mesmo
após perder força e ser reclassificado como ciclone tropical, Sandy
provocou danos a milhares de casas e hospitais, caos no abastecimento
de combustíveis, queda de árvores e alagamento de ruas.
O
metrô de Nova York e o distrito financeiro de Manhattan foram
inundados pela água.
A
bolsa de valores de Nova York fechou por 2 dias consecutivos, fato
que não acontecia desde 1888.O transporte público sofreu os piores
danos em 108 anos.Nova York, Nova Jersey e Connecticut foram os
Estado mais afetados. A tempestade causou nevascas em Virgínia
Ocidental, Carolina do Norte e Tennessee, Sandy ainda provocou duas
mortes no Canadá, 54 no Haiti, 11 em Cuba, duas na Bahamas, duas na
República Dominicana e uma na Jamaica.
No
fim de fevereiro e início de março, os Estados Unidos registraram
pelo menos 32 mortes, ruas alagadas e dezenas de casas destruídas
durante a passagem de mais de 80 toneladas em sete Estados do
meio-oeste e do sul.Indiana, Kentucky,Ohio e Alabama sofreram os
piores danos. Em agosto, o furacão Isaac matou sete pessoas nos
Estados da Lousiana e do Mississippi.Um milhão de casas foram
danificadas em Arkansas, Mississipi, Alabama e Lousiana,Isaac deixou
2 bilhões de dólares em perdas, milhares de residências sem
energia elétrica e ruas alagadas.
Antes
dos Estados Unidos, o furacão Isaac passou com menos força pelo
Caribe. Mesmo assim, a República Dominicana teve cinco mortos e 20
mil desabrigados.
No
Haiti, pelo menos 24 pessoas morreram e em cuba, 25 mil habitantes
deslocados no noroeste do país.
As
maiores perdas humanas do ano foram registradas nas Filipinas no
início de dezembro.
A
passagem do tufão Bopha pelo sul e centro do país deixou pelo menos
1.040 mortos, 2.600 feridos e mais de 800 desaparecidos. Mais de 5
milhões de desabrigados e 25 mil casas destruídas levaram o
presidente Benigno Aquino a declarar estado de calamidade nacional.
Estima-se
que o prejuízo ultrapasse os 580 milhões de dólares.
No
Irã, dois terremotos atingiram o nordeste do país em agosto,
deixando 306 mortos e 3.037 feridos. Autoridades iranianas disseram
que a maioria das vítimas morreu nos primeiros momentos do terremoto
porque muitas casas eram de terra. No Afeganistão, outra área
comum de terremotos, ao menos 22 pessoas morreram e 200 casas foram
destruídas por dois tremores no mês de abril.
O
norte da Itália também sofreu as conseqüências de três
terremotos
no fim de maio. Os sismos deixaram 24 mortos, 20 mil desabrigados e
dezenas de prédios históricos danificados, incluindo o desabamento
de uma torre do século 13.”Como não é possível prever
terremotos, a solução é construir prédios mais resistentes, isso
tem um custo alto.
Por
isso, os países mais ricos se preparam melhor e têm menos mortes”,
explica Marcelo Assunção professor do Departamento de Geofísica da
Universidade de São Paulo.
Em
setembro, terremotos no sudoeste da China provocaram 80 mortes e
perdas econômicas que passaram de R$ 1 bilhão.
No
Brasil, os problemas com a seca ou enchentes se repetiram como em
anos anteriores. No Nordeste, lavouras de feijão, milho e arroz
foram perdidas pela falta de chuva.
No
piauí, 200 cidades e mais de 1 milhão de pessoas são castigadas
pela seca. O governo de Pernambuco classificou a estiagem como a
pior dos últimos 40 anos.”A principal causa da seca, que
provavelmente foi a mais forte da última década, foi o fato de que
o Atlântico Norte estava mais aquecido que o Atlântico Sul. Isso
fez com que o principal sistema que produz chuvas em grande parte da
região ficasse muito deslocado para o norte durante o verão e
prejudicasse o volume de chuva no período chuvoso”, explica Mozar
de Araújo Salvador, meteorologista do Inmet.
No
Acre, mais de 10 mil pessoas ficaram desabrigadas e outros 100 mil
desalojadas por causa das chuvas que atingiram o Estado em fevereiro.
No
mês anterior, tempestades deixaram ao menos 16 mortos e estragos em
várias cidades de Minas Gerais.