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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O planeta dá seu recado


Terremotos, furacões, tufões e tornados causaram morte e sofrimentos em várias partes do mundo

Se comparado ao ano passado, 2012 registrou um número menor de mortes causadas pela fúria da natureza. Entretanto, os prejuízos chegaram a bilhões de dólares.
O furacão Sandy, que passou pela costa oeste dos Estados Unidos em outubro, deixou 110 mortos, 8 milhões de casas e comércios sem energia, 16,5 mil voos cancelados e 50 bilhões de dólares em estragos.
Mesmo após perder força e ser reclassificado como ciclone tropical, Sandy provocou danos a milhares de casas e hospitais, caos no abastecimento de combustíveis, queda de árvores e alagamento de ruas.
O metrô de Nova York e o distrito financeiro de Manhattan foram inundados pela água.
A bolsa de valores de Nova York fechou por 2 dias consecutivos, fato que não acontecia desde 1888.O transporte público sofreu os piores danos em 108 anos.Nova York, Nova Jersey e Connecticut foram os Estado mais afetados. A tempestade causou nevascas em Virgínia Ocidental, Carolina do Norte e Tennessee, Sandy ainda provocou duas mortes no Canadá, 54 no Haiti, 11 em Cuba, duas na Bahamas, duas na República Dominicana e uma na Jamaica.
No fim de fevereiro e início de março, os Estados Unidos registraram pelo menos 32 mortes, ruas alagadas e dezenas de casas destruídas durante a passagem de mais de 80 toneladas em sete Estados do meio-oeste e do sul.Indiana, Kentucky,Ohio e Alabama sofreram os piores danos. Em agosto, o furacão Isaac matou sete pessoas nos Estados da Lousiana e do Mississippi.Um milhão de casas foram danificadas em Arkansas, Mississipi, Alabama e Lousiana,Isaac deixou 2 bilhões de dólares em perdas, milhares de residências sem energia elétrica e ruas alagadas.
Antes dos Estados Unidos, o furacão Isaac passou com menos força pelo Caribe. Mesmo assim, a República Dominicana teve cinco mortos e 20 mil desabrigados.
No Haiti, pelo menos 24 pessoas morreram e em cuba, 25 mil habitantes deslocados no noroeste do país.
As maiores perdas humanas do ano foram registradas nas Filipinas no início de dezembro.
A passagem do tufão Bopha pelo sul e centro do país deixou pelo menos 1.040 mortos, 2.600 feridos e mais de 800 desaparecidos. Mais de 5 milhões de desabrigados e 25 mil casas destruídas levaram o presidente Benigno Aquino a declarar estado de calamidade nacional.
Estima-se que o prejuízo ultrapasse os 580 milhões de dólares.
No Irã, dois terremotos atingiram o nordeste do país em agosto, deixando 306 mortos e 3.037 feridos. Autoridades iranianas disseram que a maioria das vítimas morreu nos primeiros momentos do terremoto porque muitas casas eram de terra. No Afeganistão, outra área comum de terremotos, ao menos 22 pessoas morreram e 200 casas foram destruídas por dois tremores no mês de abril.
O norte da Itália também sofreu as conseqüências de três
terremotos no fim de maio. Os sismos deixaram 24 mortos, 20 mil desabrigados e dezenas de prédios históricos danificados, incluindo o desabamento de uma torre do século 13.”Como não é possível prever terremotos, a solução é construir prédios mais resistentes, isso tem um custo alto.
Por isso, os países mais ricos se preparam melhor e têm menos mortes”, explica Marcelo Assunção professor do Departamento de Geofísica da Universidade de São Paulo.
Em setembro, terremotos no sudoeste da China provocaram 80 mortes e perdas econômicas que passaram de R$ 1 bilhão.
No Brasil, os problemas com a seca ou enchentes se repetiram como em anos anteriores. No Nordeste, lavouras de feijão, milho e arroz foram perdidas pela falta de chuva.
No piauí, 200 cidades e mais de 1 milhão de pessoas são castigadas pela seca. O governo de Pernambuco classificou a estiagem como a pior dos últimos 40 anos.”A principal causa da seca, que provavelmente foi a mais forte da última década, foi o fato de que o Atlântico Norte estava mais aquecido que o Atlântico Sul. Isso fez com que o principal sistema que produz chuvas em grande parte da região ficasse muito deslocado para o norte durante o verão e prejudicasse o volume de chuva no período chuvoso”, explica Mozar de Araújo Salvador, meteorologista do Inmet.
No Acre, mais de 10 mil pessoas ficaram desabrigadas e outros 100 mil desalojadas por causa das chuvas que atingiram o Estado em fevereiro.
No mês anterior, tempestades deixaram ao menos 16 mortos e estragos em várias cidades de Minas Gerais.