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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mudança climática deixa o mundo em perigo

Caso qualquer explorador se dirigisse ao Polo Norte neste verão, teria que nadar os últimos quilômetros. A descoberta de mar aberto no Polo, por um navio quebra-gelo de cruzeiro em meados de agosto, surpreendeu muitos na comunidade científica.
Esta constatação, juntamente com dois estudos recentes, proporciona não apenas mais evidências de que a cobertura de gelo da Terra está derretendo, como também que está derretendo em ritmo acelerado. Um estudo de dois cientistas noruegueses indica que dentro de 50 anos o Oceano Ártico poderá estar sem gelo algum, durante o verão. O outro, um estudo por uma equipe de quatro cientistas norte-americanos, informa que a vasta manta de gelo da Groenlândia está derretendo.
A previsão que o Oceano Ártico perderá todo seu gelo no verão não é surpresa, pois um estudo anterior demonstrou que a espessura da manta de gelo havia se reduzido em 42 porcento, durante as últimas quatro décadas. A área da manta também encolheu em 6 porcento. Em conjunto, este adelgaçamento e encolhimento reduziram a massa de gelo do Oceano
Ártico em quase a metade.
Enquanto isso, a Groenlândia está acumulando algum gelo nas maiores altitudes, mas está perdendo muito mais nas baixas elevações, particularmente ao longo dos seus litorais sul e leste. A imensa ilha de 2,2 milhões de quilômetros quadrados (três vezes o tamanho do Texas) está sofrendo uma perda líquida de aproximadamente 51 bilhões de metros cúbicos de água a cada ano, um volume igual à vazão anual do Rio Nilo.
A Antártica também está perdendo gelo. Contrariamente ao Polo Norte, que é coberto pelo Mar Ártico, o Polo Sul está coberto pelo continente antártico, uma massa de terra aproximadamente do tamanho dos Estados Unidos. Sua manta de gelo de dimensões continentais, com espessura média de 2,3 quilômetros, é relativamente estável. Porém as plataformas de gelo - as porções da manta que se estendem nos mares circundantes - estão desaparecendo rapidamente.
Uma equipe de cientistas norte-americanos e britânicos relataram, em 1999, que as plataformas de gelo em ambos os lados da Península Antártica estão em plena regressão. Desde meados do século até 1997, estas áreas perderam 7.000 quilômetros quadrados, à medida que a manta de gelo se desintegrava. Mas, então, dentro de pouco mais de um ano, perderam mais 3.000 quilômetros quadrados. Icebergs do tamanho do Estado de Delaware, que se desprenderam, estão ameaçando a navegação na região. Os cientistas atribuem o degelo acelerado a um aumento regional da temperatura de cerca de 2,5 graus centígrados, desde 1940.


Estes não são apenas exemplos de degelo. Minha colega, Lisa Mastny, que examinou cerca de 30 estudos sobre este assunto, informa que o gelo está derretendo em quase toda a parte - e em ritmo acelerado. (Ver Worldwatch News Brief, 6 de março de 2000 http://www.worldwatch.org/alerts/000306. html). A massa de neve/gelo está encolhendo nas principais cordilheiras do mundo: Montanhas Rochosas, Andes, Alpes e Himalaia. No Glacier National Park, em Montana, o número de geleiras diminuiu de 150 em 1850 para menos de 50 hoje. O U.S. Geological Survey prevê o desaparecimento das geleiras restantes dentro de 30 anos.
Os cientistas que estudam a geleira Quelccaya, nos Andes peruanos, informam que seu recuo acelerou, de 3 metros por ano entre 1970 e 1990, para 30 metros ao ano desde 1990. Nos Alpes europeus, o encolhimento da região glacial em 35 - 40 porcento desde 1850, deverá continuar. Estas geleiras antigas poderão desaparecer quase completamente durante o próximo meio século.
A redução das massas de gelo no Himalaia acelerou-se de forma alarmante. Na Índia oriental, a geleira Dokriani Bamak, que recuou 16 metros entre 1992 e 1997, encolheu mais 20 metros só em 1998. Este degelo e encolhimento de massas de neve/gelo não deverá causar tanta surpresa. O cientista sueco, Svente Arrhenius, alertou no início do último século que a queima de combustíveis fósseis poderia elevar os níveis atmosféricos de dióxido de carbono (CO2), criando um efeito estufa. Os níveis atmosféricos de CO2, calculados em 280 partes por milhão (ppm) antes da Revolução Industrial, elevaram-se de 317 ppm em 1960 para 368 ppm em 1999 - um ganho de 16 porcento em apenas quatro décadas.
Enquanto as concentrações de CO2 subiam, também se elevava a temperatura da Terra. Entre 1975 e 1999, a temperatura média aumentou de 13,94 graus centígrados, para 14,35 graus, ou um aumento de 0,41 grausem 24 anos. Os 23 anos mais quentes, desde que se começou a registrar as temperaturas em 1866, ocorreram de 1975 para cá.
Os pesquisadores estão descobrindo que um aumento modesto na temperatura, de apenas 1 ou 2 graus centígrados em regiões montanhosas pode aumentar dramaticamente a parcela de precipitação que cai como chuva enquanto reduz a parcela que cai como neve. A conseqüência é maior inundação durante a época das chuvas, encolhimento da massa de neve/gelo e menor degelo da neve para alimentar os rios durante a estação seca. Estes "reservatórios do céu," onde a natureza armazena a água doce para uso no verão quando a neve derrete, estão encolhendo e alguns podem desaparecer por completo. Isto afetará o abastecimento de água às cidades e para irrigação, em regiões que dependem do degelo para a alimentação dos rios.

Se o volume maciço de neve/gelo do Himalaia - que é o terceiro maior do mundo, depois das mantas de gelo da Groenlândia e da Antártica - continuar a derreter, afetará o abastecimento de água de grande parte da Ásia. Todos os grandes rios da região - o Indus, Ganges, Mekong, Yangtze e o Amarelo - originam-se no Himalaia. O degelo no Himalaia poderá alterar a hidrologia de vários países asiáticos, incluindo o Paquistão, Índia, Bangladesh, Tailândia, Vietnã e China. Menos degelo de neve para alimentar os rios na estação seca do verão poderá agravar a pobreza hidrológica que já afeta muitas pessoas na região. (Ver Edições Alerts 1 e 4 www.worldwatch.org/alerts/indexia.html)
À medida que o gelo na terra derrete e flui para o mar, o nível do mar se eleva. Durante o último século, o nível do mar subiu 20 - 30 centímetros. Durante este século, os modelos climáticos existentes indicam que poderá elevar-se em até 1 metro. Caso a manta de gelo da Groenlândia, que tem até 3,2 quilômetros de espessura em alguns locais, derretesse por completo, o nível do mar se elevaria em 7 metros.
Mesmo um aumento muito mais modesto afetaria as baixadas inundáveis da Ásia, onde a maior parte do arroz da região é cultivado. De acordo com uma análise do Banco Mundial, uma elevação de 1 metro no nível do mar eliminaria metade da região do arroz em Bangladesh. Inúmeros países-ilha teriam que ser evacuados. Os residentes dos vales fluviais densamente habitados da Ásia seriam forçados a se deslocar para o interior, já superpovoado. A elevação do nível do mar poderá criar refugiados climáticos, aos milhões, em países como China, Índia, Bangladesh, Indonésia, Vietnã e Filipinas.
Ainda mais perturbador, o próprio degelo poderá acelerar o aumento da temperatura. Á medida que as massas de neve e gelo encolhem, menos luz solar é refletida de volta ao espaço. Com maior luz solar sendo absorvida pelas superfícies menos refletoras, a temperatura aumenta ainda mais rapidamente e o degelo acelera.
Não precisamos ficar de braços cruzados enquanto este cenário se desenvolve. Ainda pode haver tempo para estabilizar os níveis do CO2 atmosférico, antes que as contínuas emissões de carbono façam com que a mudança climática fuja ao controle. Temos energia eólica, solar e geotérmica suficientes, que podem ser controlada economicamente para mover a economia mundial. Se incorporarmos o custo da destruição climática ao preço dos combustíveis fósseis, sob a forma de um imposto do carbono, os investimentos rapidamente se deslocariam dos combustíveis fósseis para essas fontes benignas de energia.
As principais indústrias automotivas estão, todas, desenvolvendo motores de células de combustível. A Daimler Chrysler planeja iniciar a comercialização de um automóvel em 2003. O combustível escolhido para estes motores é o hidrogênio. Mesmo os líderes da indústria petrolífera reconhecem que iremos finalmente sair de uma economia energética baseada no carbono para uma baseada no hidrogênio. A questão é se poderemos realizar esta mudança antes que o sistema climático da Terra seja irreversivelmente alterado

Mudanças climáticas



O Clima pode ser definido como o conjunto de condições meteorológicas (temperatura, umidade, chuvas, pressão e ventos) que mantém características comuns em uma determinada região. Variações no clima fazem parte da dinâmica ambiental do planeta. Por exemplo, a diferença das características de uma mesma estação de um ano para outro, que pode ser mais quente ou fria, úmida ou seca, chuvosa ou não. Também são evidências das variações do clima os fenômenos como tempestades, ciclones e secas.
As mudanças climáticas são uma alteração permanente nessas características e aconteceram diversas vezes no passado, por causas naturais. Entretanto, as atividades humanas, em especial as que utilizam combustíveis fósseis, vêm influenciando a ocorrência desse tipo de evento, por meio da alteração do equilíbrio climático do planeta. A causa central deste fenômeno é a intensificação do efeito estufa, que modifica o modo com que a energia solar interage com a atmosfera, provocando graves conseqüências.
Alguns indicadores das mudanças climáticas nos últimos 15 anos são o aquecimento global, alterações bruscas em características básicas das estações do ano em diferentes partes do planeta, como temperatura e ocorrência de chuvas, ou aumento inédito nas últimas décadas de fenômenos abruptos como vendavais, ciclones e enchentes.
Se hoje existe um consenso entre cientistas de que mudanças climáticas estão em curso e têm como origem a influência das atividades humanas no ambiente, ainda há um longo caminho a se percorrer no que diz respeito à mitigação das causas desse fenômeno e à adoção de energias alternativas para as atividades produtivas. Os tratados internacionais abriram caminhos para lidar com esse problema, ao estabelecerem diretrizes para redução de emissões dos gases do efeito estufa (GEEs) e ferramentas de ordem prática, como os mecanismos de flexibilização do Protocolo de Kyoto.

Consequências do aquecimento global


A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos.
Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.
O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.
aquecimento global - derretimento de gelo Derretimento de gelo nas calotas polares: uma das consequências do aquecimento global.
Conseqüências do aquecimento global
- Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível da águas dos oceanos, podem ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas;
- Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra;
- Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;
- Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.
Protocolo de Kyoto
Este protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 fevereiro de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.
Conferência de Bali
Realizada entre os dias 3 e 14 de dezembro de 2007, na ilha de Bali (Indonésia), a Conferência da ONU sobre Mudança Climática terminou com um avanço positivo. Após 11 dias de debates e negociações. os Estados Unidos concordaram com a posição defendida pelos países mais pobres. Foi estabelecido um cronograma de negociações e acordos para troca de informações sobre as mudanças climáticas, entre os 190 países participantes. As bases definidas substituirão o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.
Conferência de Copenhague - COP-15
A 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima foi realizada entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009, na cidade de Copenhague (Dinamarca). A Conferência Climática reuniu os líderes de centenas de países do mundo, com o objetivo de tomarem medidas para evitar as mudanças climáticas e o aquecimento global. A conferência terminou com um sentimento geral de fracasso, pois poucas medidas práticas foram tomadas. Isto ocorreu, pois houve conflitos de interesses entre os países ricos, principalmente Estados Unidos e União Européia, e os que estão em processo de desenvolvimento (principalmente Brasil, Índia, China e África do Sul).
De última hora, um documento, sem valor jurídico, foi elaborado visando à redução de gases do efeito estufa em até 80% até o ano de 2050. Houve também a intenção de liberação de até 100 bilhões de dólares para serem investidos em meio ambiente, até o ano de 2020. Os países também deverão fazer medições de gases do efeito estufa a cada dois anos, emitindo relatórios para a comunidade internacional.
Chefe da ONU já admite fracasso na reunião climática de Cancún
Plantão | Publicada em 09/08/2010 às 17h33m
Por Patrick Worsnip
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, admitiu nesta segunda-feira que a conferência climática do final do ano em Cancún talvez não resulte em um acordo definitivo para conter o aquecimento global. Muitos negociadores e alguns subordinados de Ban já haviam expressado essa preocupação.
A conferência de Cancún (México) vai de 29 de novembro a 10 de dezembro. As atenções estão voltadas para esse encontro desde dezembro do ano passado, quando a cúpula climática de Copenhague terminou sem um novo tratado de cumprimento obrigatório para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
"Precisamos ser práticos e realistas", disse Ban em resposta a uma pergunta na entrevista coletiva mensal na sede da ONU, nesta segunda-feira. "Pode ser o caso de que não sejamos capazes de termos um acordo vinculante abrangente em Cancún."
Na semana passada, uma reunião de trabalho em Bonn (Alemanha) terminou com os participantes dizendo que as negociações haviam retrocedido ao invés de avançarem.
A chefe de questões climáticas da ONU, Christiana Figueres, disse naquela reunião que o acordo final "levaria mais tempo" do que a reunião de Cancún, e que seria mais urgente fazer com que os países cumpram compromissos assumidos previamente no que diz respeito a ajuda à adaptação climática e proteção florestal nos países pobres.
Ban disse ter havido um "progresso real" em algumas áreas, como o financiamento para que os países pobres enfrentem a mudança climática, o desenvolvimento da tecnologia de adaptação e o reflorestamento.
"Com base nessas áreas setoriais, tentaremos construir para que sejamos capazes de ir adiante de um modo muito mais abrangente", disse o sul-coreano. "Acima de tudo, devemos sanar a lacuna na confiança entre países desenvolvidos e em desenvolvimento."
Divergências entre países ricos e pobres sobre as obrigações de cada parte foram o principal obstáculo à conclusão do acordo em Copenhague. Na conferência do ano passado, os países se limitaram a uma declaração com a meta de limitar o aquecimento global a uma média de 2 graus Celsius, mas sem explicar como.
Muitos países ricos e algumas grandes nações em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil, admitem que um tratado juridicamente vinculante terá de esperar, talvez até uma reunião de 2011 na África do Sul.
A pedido dos participantes do Protocolo de Kyoto, a agência climática da ONU detalhou no mês passado planos de contingência para a eventualidade de não surgir um tratado para sucedê-lo. Entre as possibilidades está a redução do número mínimo de países necessários para aprovar novas metas - hoje é de 143, ou três quartos dos participantes - e a prorrogação das metas atuais para 2013 ou 2014.
As metas de redução de emissões de gases do efeito estufa estipuladas no Protocolo de Kyoto valem apenas para países desenvolvidos, que acham que os países em desenvolvimento também deveriam ter suas próprias metas de cumprimento obrigatório

Efeito Estufa


O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto deve-se principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono, Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico dos mesmos.
Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais. A concentração de outros gases que contribuem para o Efeito de Estufa, tais como o metano e os clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente. O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global (Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos. Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas.
Se a terra não fosse coberta por um manto de ar, a atmosfera, seria demasiado fria para a vida. As condições seriam hostis à vida, a qual de tão frágil que é, bastaria uma pequena diferença nas condições iniciais da sua formação, para que nós não pudessemos estar aqui discutindo-a.

planeta




O Efeito Estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a Terra, em consequência da ação refletora que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos.
efeito estufa


Desde a época pré-histórica que o dióxido de carbono tem tido um papel determinante na regulação da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilização de combustíveis fósseis (Carvão, Petróleo e Gás Natural) a concentração de dióxido de carbono na atmosfera duplicou nos últimos cem anos. Neste ritmo e com o abatimento massivo de florestas que se tem praticado (é nas plantas que o dióxido de carbono, através da fotossíntese, forma oxigênio e carbono, que é utilizado pela própria planta) o dióxido de carbono começará a proliferar levando, muito certamente, a um aumento da temperatura global, o que, mesmo tratando-se de poucos graus, levaria ao degelo das calotes polares e a grandes alterações a nível topográfico e ecológico do planeta.

estufa 2



Poluentes Atmosféricos


polu caminhao congestionamento


poluicao

Camada de Ozônio



Sua constituição, há cerca de 400 milhões de anos, permite o desenvolvimento da vida no meio terrestre, já que o ozônio, um gás rarefeito cujas moléculas compõem-se de três átomos de oxigênio, protege a Terra da radiação ultravioleta emitida pelo Sol.
Redução na camada de ozônio – Como a composição da atmosfera nessa altitude é bastante estável, a camada de ozônio manteve-se inalterada ao longo de milhões de anos. Nas últimas décadas, no entanto, os cientistas vêm constatando uma diminuição na concentração de ozônio, decorrente da emissão de poluentes pelo homem.
O cloro, presente nos compostos de clorofluorcarbonos (CFCs), é identificado como o principal responsável. O CFC é utilizado como propelente em algumas espécies de sprays, em embalagens de plástico, chips de computadores, solventes utilizados pela indústria eletrônica e, especialmente, em aparelhos de refrigeração, como geladeira e ar-condicionado.
Os primeiros alertas sobre a perda de espessura do escudo protetor são feitos pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (Nasa), a partir de pesquisas realizadas entre 1979 e 1986.
Os estudos também indicam a existência de um buraco de cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados sobre a Antártica. Em 1992
a Nasa identifica um segundo buraco, desta vez sobre o Pólo Norte, chegando às regiões próximas ao Círculo Polar Ártico.
Em setembro de 1995, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulga que o buraco sobre o continente antártico já atinge cerca de 10 milhões de km², área equivalente ao território europeu.
Conseqüências – A redução da camada de ozônio permite uma maior incidência dos raios ultravioleta na Terra, intensificando o efeito estufa . Esse tipo de radiação também é nocivo a qualquer forma de vida existente no planeta.
Mais de dois terços das espécies vegetais, por exemplo, são danificadas com a sua incidência. Nos seres humanos, compromete a resistência do sistema imunológico e provoca principalmente câncer de pele e doenças oculares, como a catarata. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) calcula que a cada 1% de destruição na camada de ozônio são originados no mundo 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil de catarata.
Políticas ambientais – Em 1987, representantes de 24 países reunidos no Canadá assinam o Protocolo de Montreal, comprometendo-se a restringir pela metade a produção de CFC até 1999. Em junho de 1990, a Organização das Nações Unidas (ONU) determina o fim gradativo da fabricação de CFC até o ano 2010.
No mesmo ano, é criado o Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e Consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, que pretende eliminar a utilização de CFC no país até 2001.