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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Ideias que iluminam

O governo pretende eliminar as lâmpadas incandescentes do mercado até 2016 e substituí-las por outras mais eficientes, como as fluorescentes compactas e as LEDs. A estimativa é que a economia de energia em iluminação chegue a 80%, não só no País, mas também na sua casa.

Fluorescentes ou LEDs?
As lâmpadas mais eficientes são mais caras, mas duram muito mais. As fluorescentes compactas ficam cinco vezes mais baratas que as incandescentes. Pagam o investimento em menos de três meses na conta de luz, pois economizam 70% em energia.

Já as LEDs, bem mais caras, compensam em longo prazo - a partir de cinco anos -, em função do tempo de vida útil e maior economia (até 85%). No mercado já há modelos em formato de bulbo com o mesmo soquete de uma incandescente.

E eis algumas dicas muito fáceis de seguir para você garantir uma boa iluminação em sua casa, com beleza e economia, e o uso mais inteligente de todos os eletrodomésticos, o que ainda facilitará suas compras:

- Um bom projeto de iluminação ajuda a economizar energia, com o uso de controles como dimmer (controle da intensidade da luz), timer, sensor de presença, ou simplesmente com a luz natural.

- Na hora de construir, pense na economia de energia: painéis duplos nas esquadrias estabilizam a temperatura, e a ventilação natural reduz o uso de ar-condicionado.

- Para usar bem a máquina de lavar roupa:
1. Junte uma quantidade razoável de roupas para só depois lavá-las (isso também vale na hora de passá-las a ferro).
2. Lave com água fria. Assim economiza até 90% de energia.
3. Evite a função de pré-lavagem porque desperdiça energia. Deixe as roupas mais sujas de molho no sabão antes de ligar a máquina.  Como funciona a máquina de lavar sem água? e De gota em gota

Mas a máquina não funciona totalmente a seco, já que o líquido é indispensável para dissolver as manchas e viabilizar a limpeza. A diferença é que a máquina da Xeros usa apenas 10% da água utilizada por uma lavadora convencionaldo mesmo tamanho.
Ou seja, gastando menos água, ela promete ser mais econômica e ecologicamente correta. Outro detalhe do bem: as pastilhas são reutilizáveis e têm vida útil de até 500 ciclos. 
Trabalho limpo – A lavadora usa 20 quilos de pastilhas para limpar 5 quilos .
A lavadora da empresa britânica Xeros, que ainda está em fase de testes, utiliza dezenas de quilos de pastilhas de náilon para remover a sujeira das roupas.

- Não use o micro-ondas como relógio nem deixe os aparelhos em stand by. Desligue-os da tomada quando não estiver usando esses aparelhos ou adote tomadas com interruptor.

- Ao comprar eletrodomésticos escolha os mais eficientes. O selo Procel ajuda nessa hora. 

Quais são os principais selos ecológicos no mercado?

Existem mais de 30 certificadoras verdes no país, mas essa diversidade de selos pode confundir.

FSC (Forest Stewardship Council)
O que certifica:
áreas e produtos florestais, como toras de madeira, móveis, lenha, papel, nozes e sementes. Como é: atesta que o produto vem de um processo produtivo ecologicamente adequado, socialmente justo e economicamente viável. Dez princípios devem ser atendidos, entre eles a obediência às leis ambientais, o respeito aos direitos dos povos indígenas e a regularização fundiária. www.fsc.org.br.

Outro selo dessa categoria: Ceflor
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ISO 14001
O que certifica:
sistema de gestão ambiental de empresas e empreendimentos de qualquer setor.

Como é: em sua operação, a empresa deve levar em conta o uso racional de recursos naturais, a proteção de florestas e a preservação da biodiversidade, entre outros quesitos. No Brasil, quem confere essa certificação é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ao contrário das demais certificações, não há um selo visível em produtos. Para saber se uma empresa tem o ISO 14001, deve-se consultar seu site ou centro de atendimento ao cliente. www.abnt.org
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LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental)
O que certifica:
prédios e outras edificações.

Como é: concedido a edificações que minimizam impactos ambientais, tanto na fase de construção quanto na de uso. Materiais renováveis, implantação de sistemas que economizem energia elétrica, água e gás e controle da poluição durante a construção são alguns dos critérios. 
www.usgbc.org/leed.
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Rainforest Alliance Certified
O que certifica: produtos agrícolas, como frutas, café, cacau e chás. Como é: trata-se de uma certificação socioambiental. Comprova que os produtores respeitam a biodiversidade e os trabalhadores rurais envolvidos no processo. Com grande aceitação na Europa e nos EUA, é auditado no Brasil pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).
www.imaflora.org.
Outros selos dessa categoria: UTZ Kapeh e Max Havelaar.
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ECOCERT
O que certifica: alimentos orgânicos e cosméticos naturais ou orgânicos.
Como: os alimentos processados devem conter um mínimo de 95% de ingredientes orgânicos para serem certificados. Para ganhar um selo de cosmético orgânico, um produto deve ter ao menos 95% de ingredientes vegetais e 95% destes ingredientes devem ser orgânicos certificados – no caso de cosméticos naturais, 50% dos insumos vegetais devem ser orgânicos. O selo Ecocert é um só (este ao lado). Mas, por contrato com a certificadora, o fabricante é obrigado a identificar no rótulo se o produto é orgânico ou natural.
www.ecocert.com.br.
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IBD (Instituto Biodinâmico)
O que certifica: alimentos, cosméticos e algodão orgânicos.
Como é: além de cumprir os requisitos básicos para a produção orgânica (como fazer rotação de culturas e não usar agrotóxicos), garante que a fabricação daquele produto obedece ao Código Florestal Brasileiro e às leis trabalhistas. Os produtos industrializados devem ter ao menos 95% de ingredientes orgânicos certificados – a água e o sal são desconsiderados nesse cálculo tanto para cosméticos quanto para alimentos.
www.ibd.com.br.
Outros selos dessa categoria: Ecocert (leia acima), Demeter, CMO (Certificadora Mokiti Okada) e IMO (Institute for Marketecology).
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Procel
O que certifica: equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos.
Como é: o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica indica os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria. Os equipamentos passam por rigorosos testes feitos em laboratórios credenciados no programa.
www.eletrobras.gov.br/procel.


- A diferença de custo energético da água encanada para a água em garrafa, considerando manipulação, transporte e disponibilidade é de 1 para 1000. Prefira sempre a primeira e tenha um bom filtro.

- O telhado das casas pode ser aproveitado tanto para gerar energia, colocando placas solares, como para economizá-la: instalar um jardim na cobertura ameniza o calor e a conta do ar-condicionado. 

Destino certo para o lixo

Quem costuma separar os materiais para a reciclagem está habituado a seguir as quatro cores - amarelo (metal), azul (papel), verde (vidro) e vermelho (plástico) -, além de reservar o conteúdo orgânico. Mas o que fazer com lâmpadas e remédios, por exemplo? Todos os resíduos precisam ser encaminhados corretamente para os locais de descarte: ensinamos quais eles são neste guia.

Dados divulgados em setembro deste ano pelo Compromisso Empresarialpara Reciclagem (Cempre) apontam que 27 milhões de brasileiros, em 766 municípios, contam com a coleta seletiva. Se sua cidade ainda não tem oserviço, separe o lixo mesmo assim - catadores de rua, cooperativas, associações de moradores e ONGs podem cuidar para que os resíduos sejam eliminados da forma certa. Uma prática que vigora desde agosto de 2010, com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), é a logística reversa: ela define que as empresas são responsáveis por recolher seus produtos após o descarte pelo consumidor. Isso significa que a mesma marca que vende um eletrônico deve recebê-lo de volta ou indicar o que fazer com ele. A regra vale para fabricantes de pilhas, baterias, pneus, lâmpadas fluorescentes, eletrônicos e seus componentes. Abaixo, damos todos os detalhes para você fazer sua parte com consciência.

RECICLÁVEL X NÃO RECICLÁVEL Para o processo de reciclagem acontecer, não é necessário lavar nada antes. No entanto, é higiênico retirar o excesso de resíduos do recipiente, principalmente se ele ficar armazenado por algum tempo. "Embalagens sujas de leite, açúcar ou doces podem atrair ratos e baratas. Por isso, sugerimos que as peças fiquem na pia durante a lavagem da louça", indica Ana Maria Domingues Luz, presidente do Instituto Gea. "Mas nada de usar água limpa exclusivamente para isso!", ela completa. Tem material que é fácil separar, mas há outros nada óbvios. Na dúvida, consulte esta lista.

METAL
Recicláveis:
folha de flandres (é o aço revestido de estanho das latas de óleo, sardinha, creme de leite etc.), latas de aerossol (verifique, antes, se estão vazias), latas de bebidas, papel-alumínio limpo, tampas de garrafa.
Lixo comum: clipes, esponjas de aço, grampos, tachinhas.

PAPEL
Recicláveis:
caixas de papelão, cartazes, cartolinas, embalagens longa vida, envelopes, jornais, papéis de escritório. Antes de dispensar livros e revistas, procure doá-los a bibliotecas ou escolas, ou leve-os a sebos.
Lixo comum: caixa de pizza com resíduos, celofane, extrato de banco, etiquetas adesivas, fotografias, guardanapo, notas fiscais, papel-carbono, papel de fax, papel higiênico, papéis plastificados, papel vegetal.

PLÁSTICO
Recicláveis:
canos, copos, embalagens, frascos de produtos de limpeza e higiene pessoal, garrafas PET, potes, sacos, sacolas, tubos.
Lixo comum: cabos de panela, embalagens metalizadas de alimentos (como as de salgadinho), espuma sintética, fraldas descartáveis.

VIDRO
Inteiro ou em cacos, os produtos - recicláveis ou não - devem ser enrolados em jornal ou papelão para evitar acidentes.
Recicláveis: copos, garrafas, frascos em geral, potes alimentícios.
Lixo comum: boxe de banheiro, cerâmicas, cristais, espelhos, lâmpadas incandescentes, lentes de óculos, louças refratárias, porcelanas, vidros de janela.

E O QUE FAZER COM ESTES ITENS?
Celulares

Antes de se desfazer do aparelho antigo, veja se há possibilidade de conserto ou, se ele estiver em boas condições de uso, guarde-o paraemergências, como roubos e quebras de outros celulares. Mas, se doar o eletrônico para alguém ou tiver de jogar fora mesmo, tenha em mente duas questões: apagar as informações pessoais antes de passá-lo para a frente e fazer o descarte da maneira certa, já que esses equipamentos levam metais pesados em sua composição, especialmente na bateria.

 

Toninha corre risco de extinção no Brasil


Estudo revela que prática pesqueira de emalhe elevou a mortalidade das toninhas – pequenos golfinhos – no sul do país, colocando a espécie em risco de extinção.
A toninha*, menor espécie de golfinhos do mundo, endêmica da região sul do Brasil e das costas do Uruguai e da Argentina, está cada vez mais ameaçada de extinção devido à pesca de emalhe - realizada com rede, mas de forma aleatória, pesca espécies diversas sem distinção.
Estudos realizados pelo Laboratório de Mamíferos Marinhos da FURG* - com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza* - indicaram que, desde 2011, quantidades elevadas de toninhas têm sido capturadas acidentalmente por essa prática pesqueira. "Como a toninha é pequena e tem hábito costeiro, é muito vulnerável a esse tipo de pesca", ressalta Emanuel Carvalho Ferreira, pesquisador-chefe do projeto que investiga a mortalidade das toninhas na costa sul do Rio Grande do Sul.
A fim de compreender melhor a espécie, a FURG promove pesquisas com as toninhas desde 1990. Em 2011, foram iniciadas as pesquisas focadas na mortalidade desses animais envolvendo o emalhe, o que as colocou na lista das espécies ameaçadas de extinção.
Durante a coleta dos dados, os pesquisadores descobriram que, como o tempo de espera da prática do emalhe é longo (de 12 a 14 horas) e as redes são extensas (podem chegar a 30km de comprimento), outras espécies que não são o foco da pescaria, como é o caso das toninhas, são capturadas.
Por conta dessa prática abusiva - e que deveria ser proibida! -, foram adotadas algumas medidas de prevenção e proteção, principalmente na região do Brasil. Entre elas, a criação do PAN Toninha - Plano de Ação Nacional para a Conservação do Pequeno Cetáceo Toninha*. Para os cientistas, a primeira medida importante para que se comece a obter resultados positivos, é a redução do tamanho da rede de emalhe para sete quilômetros. "Essa medida precisa ser tomada imediatamente! 30 km de rede torna a situação insustentável, tanto para a toninha quanto para qualquer outra espécie capturada nas pescarias", explica Ferreira. Outro passo importante foi o trabalho de conscientização realizado com os pescadores locais, para que compreendam a importância de adotar práticas menos predatórias e prejudiciais ao meio ambiente.
Apesar dessas ações de caráter imediato, para os cientistas, a principal medida para proteger a toninha está na própria pesquisa. Nela, foram descritos cenários com simulação de exclusão de pesca em áreas de 5m, 10m, 15m e 20m de profundidade, o que possibilita a criação de uma área importante para a proteção ambiental. "Se essa área - com até 20 metros de profundidade - for criada, com certeza haverá redução de 72% na mortalidade das toninhas na costa do Rio Grande do Sul", aponta o pesquisador. Este seria um grande avanço não apenas para conter a extinção do menor golfinho do mundo, mas para que outras espécies marinhas não fossem mais prejudicadas pela pesca de emalhe, como a tartaruga e os tubarões.

*A toninha é um pequeno cetáceo endêmico do Atlântico Sul-Ocidental que vive em águas costeiras do Espírito Santo à Argentina. Mede até 1,70m e é considerada uma das menores espécies de golfinhos do mundo. Sua coloração é parda-marrom, o que possibilita sua camuflagem nas águas turvas da região. Possui bico comprido e dentes pequenos. Com hábito costeiro, a toninha é bastante arredia. Por ser predador do topo da cadeia alimentar, a preservação dessa espécie é muito importante para o equilíbrio da biodiversidade da região.

O mar não está para peixe


Todos os anos, 78 milhões de toneladas de peixes e frutos do mar são capturados nos mares do mundo – quantidade insustentável que ameaça a vida marinha. Para ajudar a evitar o colapso, varie o cardápio: além de diminuir a pressão sobre as espécies, você ainda descobrirá novos sabores.
Você sabia que há peixes proibidos para consumo e que ainda são vendidos? Outros, ainda, podem ser comidos, mas com moderação. Mas claro que também há espécies em abundância no Brasil! Está tudo super bem explicado no infográfico O mar não está para peixe que destaca os peixes mais consumidos nas regiões sul e sudeste. Consulte! (Leia também: O que fazer para recuperar e preservar a vida marinha?
Eis algumas outras dicas bacanas para você comer com consciência:
- Certificações para produtos marinhos, como o Dolphin Safe e o Friends of the Sea, ajudam a comprar com critério. Eles atestam que a pesca é feita de forma sustentável, que não há captura de espécies ameaçadas durante a atividade e que a empresa tem projetos de responsabilidade social.
- Comprar carne com origem certificada ou perguntar no açougue quem são os fornecedores evita o consumo de produtos que venham de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia. O frigorífico JBS-Friboi e a marca Taeq, por exemplo, fornecem código de rastreamento que mostra, pela internet, informações e fotos da origem do alimento. Dá até para consultar na hora da compra, pelo celular.
- Prefira frutas, legumes e verduras locais, pois eles emitem menos gases de efeito estufa no transporte. E opte por produtos da época, que consomem menos água.
- Evite o desperdício. Congele a sobra de vinho em formas de gelo e use-a para cozinhar. O Sesc São Paulo tem receitas para aproveitar bem os alimentos,http://www.sescsp.org.br/sesc/mesabrasilsp/receitas/index.cfm.
- Produtos embalados em papel e vidro tem menos impacto no ambiente do que aqueles em plástico e isopor. Prefira embalar alimentos com papel manteiga, no lugar do filme plástico.
Na hora de comprar orgânicos, oriente-se pelos selos de certificação. Em janeiro de 2011 entrou em vigor uma lei que permite ao Ministério da Agricultura certificar os produtores com o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica.

Limpeza verde


Dá para limpar a casa toda com soluções naturais, que substituem de forma eficiente produtos como detergente, multiúso, antimofo... Você vai economizar muito, evitar alergias e outros problemas de saúde, e ainda ajudar a preservar o meio ambiente.
Vinagre, suco de limão e bicarbonato de sódio: com esse trio nas mãos, você ataca de mofo, limo e manchas a gordura, entupimento e odores fortes. Ele tem propriedades bactericidas, abrasivas e ácidas tão eficientes quanto os produtos industrializados, mas com a vantagem de não agredir a nossa saúde nem o meio ambiente. "O multiúso e o detergente contêm fosfato na fórmula, um elemento que facilita a remoção da gordura. Em excesso, porém, ele causa a eutrofização da água - processo que leva ao crescimento exagerado de algas e micro-organismos e, consequentemente, ao desequilíbrio ecológico", explica Márcio Augusto Araújo, consultor de ecoprodutos do Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (SP).
Embora no Brasil a quantidade de fosfato seja controlada, imagine o efeito provocado quando milhões de pessoas usam os produtos indiscriminadamente. "Os itens industrializados podem ser rastrea­dos, mas pior mesmo são os fabricados em `fundo de quintal’, que muita gente compra sem conhecer a fórmula e os efeitos colaterais", diz o pesquisador Maurício Waldman (SP), autor do Guia Ecológico Doméstico (Ed. Contexto). Além das alergias na pele, podem ocorrer intoxicações causadas pelo forte odor e até envenenamento de animais domésticos. Abra mão também de detergentes, solventes e ceras que contenham compostos voláteis, cloro ou formaldeído, pois poluem o ar e provocam problemas respiratórios.
CONSUMO CONSCIENTE
Nas prateleiras dos supermercados já existem vários materiais de limpeza ecológicos, isentos de agentes químicos agressivos ou com o seu teor reduzido. Portanto, ao optar pelos industrializados, prefira os de baixo impacto ambiental. Maurício ressalta que é fundamental mudarmos os nossos hábitos de consumo. "As pessoas acham que basta limpar bem. Mas a ideia é sujar menos para dispor de uma quantidade menor de produtos químicos em casa, pois eles poluem os rios e matam os peixes. A água da máquina de lavar roupas que já tem sabão, por exemplo, é perfeita para higienizar o vaso sanitário ou tirar a sujeira do quintal", ensina.
PRODUTOS SEM QUÍMICA
Na hora de limpar a casa, use estas receitas que garantem um ótimo resultado a baixo custo, não fazem mal à saúde nem poluem o ambiente.
Vinagre
Com alta concentração de ácido acético, o líquido funciona como um potente desinfetante e desengordurante. Os melhores para a limpeza são o branco (de álcool) e o de maçã.
Antimofo
Remova esse odor desagradável do armário limpando-o com um pano mbebido na mistura de 3 litros de água quente com 1 ou 2 colheres (sopa) de vinagre branco.
Fim da gordura
Ponha um pouco de vinagre puro sobre a gordura do fogão, deixe agir por um minuto e limpe.
Rejunte branquinho
Aplique vinagre puro com uma escovinha de dentes no rejunte do azulejo. Aguarde pelo menos duas horas para enxaguar com água. A dica também vale para limpar aquela parede com marcas de móveis ou de sapatos.
Brilho em vidros e espelhos
Dissolva 1 parte de vinagre em 4 de água quente e limpe essas superfícies. Os vidros ficam ainda mais transparentes!
Tapetes e carpetes novinhos
Para limpar essas peças, aplique uma mistura com a mesma quantidade de vinagre branco e água.
Amaciante
Substitua o produto convencional por 1/2 copo de vinagre no último enxágue da roupa. Ela fica supermacia...
Bicarbonato de sódio
À base de dióxido de carbono e hidróxido de sódio, o bicarbonato é bactericida e uma excelente alternativa para os produtos de limpeza abrasivos. Use-o, sempre com luvas, na limpeza da cozinha e para afastar odores desagradáveis.
Forno brilhante
Molhe um pano macio numa mistura de 1/2 litro de água quente e 3 colheres (sopa) de bicarbonato. Aplique em todo o forno e, após uma hora, retire-o com um pano úmido.
Ralos desentupidos
Misture bem 1 xícara (chá) de sal, 1 de bicarbonato e 1 litro de água quente. Jogue no ralo.
Carpete cheiroso
Para eliminar o odor forte, provocado por animais de estimação ou pela falta de ventilação no ambiente, pulverize bicarbonato de sódio sobre o carpete usando uma peneira grande. Deixe agir por dez minutos e aspire. Não passe vassoura para evitar que o tapete fique branco.
Geladeira limpinha
Sempre depois de finalizar a limpeza da geladeira e do freezer, passe um pano úmido com bicarbonato na parte interna para desinfetar o local.
Suco de limão
O ácido cítrico do fruto ajuda a dissolver o limo e até manchas de ferrugem.
Louça sem gordura
Dilua 1/4 de xícara (chá) de suco de limão em água e aplique na peça com um pano macio.
Antiferrugem
Retire esse tipo de mancha de talheres, grelhas e fogão esfregando a superfície com suco de limão e uma esponja.
MULTIÚSO CASEIRO
Num frasco de vinagre de maçã, junte 3 colheres (sopa) de bicarbonato de sódio e 1 copo de extrato de raspa de juá (árvore típica do Nordeste, também conhecida como juazeiro), à venda em lojas de produtos naturais. A solução tem validade de até seis meses se for guardada bem fechada e à sombra.
Importante
Mesmo os produtos sendo naturais, nunca deixe-os ao alcance de crianças e animais.

Aproveite bem a água da chuva


Criar um sistema de captação pluvial básico ou até mesmo elaborado é mais simples do que parece. O meio ambiente agradece - e o seu bolso também.
Aquele aguaceiro que cai do telhado em dias de tempestade merece um destino mais nobre do que causar enchentes ou simplesmente escoar pelas galerias de esgoto. "O reúso da chuva é um investimento. Entre 35 e 50% da nossa demanda de água destina-se a fins não potáveis, e um projeto doméstico de coleta pluvial atende a esse índice", explica Jack M. Sickermann, representante da Acquasave, de Florianópolis. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou uma regra para tornar o processo mais seguro: só se pode reaproveitar a água captada em coberturas, nunca a proveniente de pisos. Bebê-la ou usá-la no banho está fora de cogitação. "Tecnicamente, até dá para transformá-la em potável, mas o processo custa caro. Por isso, o uso mais comum se dá em descargas, rega de jardins, lavagem de carros e calçadas e até para completar a piscina, que será tratada com cloro", orienta Jack. Os equipamentos de reúso adaptam-se às calhas e aos condutores já existentes na construção. Mas é importante lembrar que essa água nunca deve se misturar àquela fornecida pela rede pública, que é potável. Ela requer reservatório e encanamento próprios, como você verá a seguir.
POR ONDE COMEÇAR
Antes de investir num sistema de reúso da água de chuva, encomende um diagnóstico a uma empresa idônea. O ideal é que esse planejamento conste do projeto de construção ou reforma da casa ou do edifício. Para isso, levam-se em conta desde a área da cobertura até o índice pluviométrico da região, sem deixar de lado um bom estudo da conta de água do imóvel. "Dependendo do gasto médio, em dois anos já se registra o retorno do investimento", calcula Diogo Almeida, engenheiro da Sharewater, empresa de São Paulo que faz projetos para todo o Brasil. Tanto casas quanto prédios já construídos aceitam sistemas de reaproveitamento (em condomínios, rateia-se o custo do projeto e dos equipamentos). Às vezes é necessário mexer no telhado e nas instalações hidráulicas (para usar a água em descargas). Além disso, o sistema requer espaço para a instalação da cisterna subterrânea ou sobre o solo.
Quanto ao preço, em média, uma proposta básica com cisterna pequena sobre o piso começa em R$ 7 mil. As mais elaboradas chegam a R$ 15 mil. A boa notícia é que tudo isso aceita a implantação em etapas, o que dilui os gastos. Algumas empresas vendem kits prontos (veja dois exemplos abaixo), que incluem filtros, bomba, cisterna e orientação na hora de colocar tudo para funcionar. Os mais simples pedem apenas um dia para a instalação. Observe se o filtro oferecido é o de duas etapas ¿ além de folhas e da sujeira graúda, ele deve dispensar também os primeiros 2 ou 3 mm de água de chuva, medida que serve para limpar a impurezas acumuladas no telhado. Se você optar por um reservatório sobre o piso, que interfere na aparência da construção, encomende um nicho de alvenaria para disfarçá-lo. Todo esse esforço valerá a pena: "Ainda não temos uma referência em porcentagem, mas notamos que o imóvel se valoriza quando conta com o sistema", finaliza Diogo.
RAIO X DA COLETA DE CHUVA
Planejado durante a construção ou a reforma, o sistema instalado por empresas especializadas complementa o fornecimento da rede pública, mas exige reservatório e encanamento próprios.

SÃO PAULO
AquaStock - tel. (11) 3815-4814.
http://www.aquastock.com.br/

Abaixo o Desperdício!

Recurso indispensável á vida. A água não é um bem inesgotável, e seu tratamento tem custos elevados. Um dos grandes problemas que ameaçam o abastecimento de água é o desperdício. Tome uma atitude sustentável usando a água com racionalidade.
Ao limpar o aquário, aproveite a água para regar as plantas. Esta água é rica em nitrogênio e fósforo substâncias importantes para as plantas.
Capte a água da saída do aparelho ar-condicionado e use-a para regar as plantas.
Cubra a piscina, pois, ao ficar exposta ao sol e ao vento, ela pode perder água por evaporação. Quando coberta, as perdas podem ser reduzidas em até 90%.
Para varrer o chão, use uma vassoura e não a água da mangueira.
Não demore ao tomar banho e evite se barbear no chuveiro.
Baixe o nível da boia do reservatório de água da descarga e mantenha a válvula sempre regulada.
Use a máquina de lavar roupa apenas quando estiver com a capacidade máxima .
Quando for possível regule o nível de água a ser usado.
Aproveite a água usada na lavadora de roupa para lavar o chão da área de serviço, do quintal e da cozinha.
Ao lavar a louça, não deixe a torneira aberta o tempo todo. Ensaboe a louça e enxágue tudo de uma vez só
Reutilize a água da fervura de legumes e verduras para cozinhar arroz, feijão e carnes.
Ajude a preservar o meio ambiente e economize na conta de água!
Aumentos grandes e repentinos podem indicar vazamentos. Além disso, é possível constatar se as medidas de uso racional da água estão surtinho efeito.
Descarte as fezes do cachorro no vaso sanitário. Cocô de cachorro não é adubo: pode contaminar o solo e a água. Mesmo em trilhas, praias ou grama, as fezes não devem ser enterradas, mas recolhidas e destinadas ao lixo. E nada de largar o saquinho com as fezes no chão ou na rua.