O painel Intergovernamental para a Mudança Climática(IPCC, na sigla em inglês) está fechando um relatório, que será divulgado provavelmente no início de abril, abordando a questão do aquecimento global, um dos assuntos mais discutidos no momento, presente quase que diariamente na mídia. O jornal 'The Age' da Austrália antecipou algumas das importantes e gravíssimas conclusões definidas pelos cientistas.
De acordo com o que foi publicado, chegará a bilhões o número de pessoas que passarão fome e sede no planeta por volta de 2080.A escassez de água, que prejudicara a cadeia alimentar, poderá afetar até 3,2 bilhões de seres humanos, em virtude do aumento da temperatura da Terra, segundo o novo estudo. Quanto á fome, a previsão é de que ela atinja até 600 milhões com maiores prejuízos para países pobres, como os da África e Bangladesh.Em contrapartida de inundações litorâneas, com a provável destruição de sete milhões de casas.
O grupo que realizou o estudo divulgou, em Paris, um relatório prevendo que, até 2100, a temperatura média do mundo estará de 2 a 4,5ºC acima nos níveis pré industriais, sendo que a estimativa mais provável é de 3ºC.O documento resumiu a base científica das mudanças climáticas, enquanto o texto de abril detalhará as conseqüências do aquecimento e as opções para se adaptar a ele.
As projeções sobre o aquecimento da Terra são para todo este século.Desde o último relatório, “as evidências da mudança climática ficaram mais claras”, afirmou o presidente do grupo de estudos, Rajendra Pachauri, na abertura da conferência que reuniu, no final de janeiro, mais de 500 especialistas e representantes governamentais.
Na oportunidade, o dirigente deixou claro que é preciso haver um consenso sobre o assunto e não pressões por parte de alguns governos.De fato, é necessário que está questão seja resolvido com um esforço de todos os países.Não há meia medida, não se pode “empurrar com a barriga”, como se diz popularmente.O próprio presidente da nação mais industrializada do mundo, George W. Bush, já reconcheceu a gravidade do problema.
A situação exige uma reação de impacto e definitiva.OU faz agora ou a humanidade vai pagar um preço muito mais caro do que, aliás já está pagando, com as catástrofes.Estará condenada á sua extinção em algumas décadas, conforme admitem ou estudiosos.Não tem como negociar medidas paliativas com a natureza, porque ela é implacável e tem mostrado isso. Os cientistas nunca estiveram tão preocupados como agora, nenhum tema gerou no mundo tanta “fome” de conhecimento cientifico quanto este.Mais de 500 pesquisadores participam do relatório, sendo que a maioria(75%) não havia integrado o grupo que fez a redação da edição de 2001.Foram elaboradas mais de 30 mil sugestões.
Após o documento, o IPC deve adotar outros três ainda este ano. Em 6 de abril, será discutida em Bruxelas uma minuta sobre os impactos, a adaptação e a vulnerabilidade á mudança climática.No dia 4 de maio, será debatido em Bangoc, um relatório sobre a atenuação destes efeitos, já em 16 de novembro, será aprovado, em Valência(Espanha), um documento contendo a síntese para os responsáveis políticos.
Enquanto os representantes do IPCC davam inicio a uma reunião na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura(Unesco), perto dali um grupo de ativistas do Greenpeace escalou a Torre Eiffel, onde pendurou cartazes com a seguinte frase:”Não é tarde demais”.
Esperamos não ver esta frase repetida daqui a algum tempo, sem a primeira palavra!
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